
Contamos em breve ilustrar as diferenças
Por um bairro integrado, não atravessado pelo trânsito da cidade, planeado como um todo, habitado e vivido por moradores e utilizadores intervenientes. Por melhores condições ambientais, melhor conhecimento do bairro. Para melhor o disfrutar e proteger.
Boas e más noticias para o Bairro Azul, tendo em conta os problemas do Bairro, nomeadamente o excesso de transito e poluição, e a perda de condições de habitabilidade e estacionamento
- no DN ( Susana Leitão )
Porque é urgente humanizar a cidade
Bairro Azul | Que Futuro?
RRO no dia europeu sem carros ... 22/09/06: 
R.Ortigão nos anos cinquenta, sem hábitos de estacionamento
Aprender a caminhar, conhecendo os percursos e o tempo gasto, as calorias queimadas, o monóxido que reduzimos. O encorajamento e orientação de que todos necessitamos, oferecido aos londrinos.Consultar aqui

Tecnicos das Actividades Económicas obrigam a remodelação de Mercearia com 70 anos, e à remoção destas estruturas em madeira originais por novas, em aluminios e vidro?
"Os moradores deste bairro lisboeta, propuseram num abaixo-assinado enviado à Câmara Municipal de Lisboa, a criação de percursos pedonais e a plantação de espécimenes vegetais, na Rua Ramalho Ortigão que recentemente foi reaberta ao trânsito. Os moradores querem ver devolvida a qualidade de vida nesta via do bairro."
Obrigado Quercus
Por um lado a CML faz questão de "gritar" para a comunicação social que está empenhada em trazer a população de volta para o centro da cidade, revitalizando e humanizando o centro urbano, mas por outro continua a insistir em sulcar os bairros de Lisboa com autênticas vias-rápidas, como é o que acontece com a Rua Ramalho Ortigão, no Bairro Azul.
Como se isso não bastasse, reabriu o Viaduto sem os arranjos necessários e reduziu os passeios a 80 cm . Isto apesar das propostas dos moradores para reduzir as duas faixas actuais para uma única com lombas permitindo o alargamento dos passeios e plantação de árvores, e dos inúmeros atropelos diários ao Código da Estrada, sendo a passadeira existente completamente opcional para quem acelera.
E não contente com isso a CML pretende agora encerrar a Garagem Glória , estabelecimento que, bem (do ponto de vista logístico) ou mal (do ponto de vista ambiental), serve o Bairro Azul há mais de 70 anos e faz parte da rede de comércio de proximidade que existe neste bairro de Lisboa.
A tentativa da CML fechar a Garagem Glória prende-se com a intenção em abrir uma 3ª faixa de rodagem na Avenida António Augusto Aguiar (sentido Praça de Espanha-Fontes Pereira de Mello no troço entre a Rua Ramalho Ortigão e Rua Marquês da Fronteira) , aumentando ainda mais a apetência dos condutores pela "via rápida" Ramalho Ortigão, desconsiderando peões e moradores , e contrariando a vontade dos moradores, em verem reduzidas as faixas de rodagem na Rua Ramalho Ortigão, expressa em abaixo-assinado.
Ana Santos e Ricardo Messias/ Obrigado Forum Cidadania

Anda por aí uma equipa da Faculdade de Ciências (U.Nova) a fazer medições de indices de poluição na cidade.Pois bem vindos. Venham até à António Augusto de Aguiar, zona do El Corte, onde circulam, a pé, largos milhares de pessoas todos os dias.
Ficaríamos alarmados?
Poluentes - Alguns dos principais efeitos dos poluentes englobados no índice de qualidade do ar (Fonte: www.qualar.org )
Monóxido de Carbono - Inibe a capacidade do sangue em trocar oxigénio com os tecidos vitais, podendo em concentrações extremas provocar morte por envenenamento - afecta principalmente o sistema cardiovascular e o sistema nervoso. Concentrações mais baixas são susceptíveis de gerar problemas cardio-vasculares em doentes coronários (p.ex. casos de angina de peito); concentrações elevadas são susceptíveis de criar tonturas, dores de cabeça e fadiga.
Dióxido de Azoto - Altas concentrações podem provocar problemas do foro respiratório, especialmente em crianças, tais como doenças respiratórias (asma ou tosse convulsa). Doentes com asma podem também sofrer dificuldades respiratórias adicionais com estes elevados teores. É um poluente acidificante, envolvido em fenómenos como as chuvas ácidas (felizmente têm pouca expressão no nosso país), as quais acidificam os meios naturais (p.ex. as águas de lagos) e atacam quimicamente algumas estruturas, p.ex. materiais metálicos (corrosão), bem como tecidos vegetais
Dióxido de Enxofre - Altas concentrações podem provocar problemas no tracto respiratório, especialmente em grupos sensíveis como asmáticos. É um poluente acidificante, contribuindo para fenómenos como as chuvas ácidas que têm como consequência a acidificação dos meios naturais (p.ex. lagos) ou a corrosão de materiais metálicos
Ozono- É um poderoso oxidante, o que se reflecte nos ecossistemas, nos materiais e na saúde humana. Pode irritar o tracto respiratório, já que o oxida, podendo provocar dificuldades respiratórias (p.ex. impossibilidade de respirar fundo, inflamações brônquicas ou tosse). É o principal constituinte do smog fotoquímico, o qual é frequentemente associado a diversos sintomas (ver mais informações) particularmente em grupos sensíveis como crianças, doentes cardiovasculares e/ou do foro respiratório e idosos. É, frequentemente, apontado como o principal responsável por perdas agrícolas e danos na vegetação, existindo espécies particularmente sensíveis ao seu efeito tal como o Pinus Alepensis (espécie de pinheiro existente, p.ex., na Serra da Arrábida).
Partículas -São um dos principais poluentes em termos de efeitos na saúde humana, particularmente as partículas de menor dimensão que são inaláveis, penetrando no sistema respiratório e danificando-o. Têm-se caracterizado por serem, pretensamente, responsáveis pelo aumento de doenças respiratórias (p.ex. o aumento da incidência de bronquite asmática). Podem ser responsáveis pela diminuição da troca gasosa em espécies vegetais, nomeadamente através do bloqueamento de estomas. Danificam igualmente o património construído, especialmente tintas



Plátanos da entrada do Bairro Azul - provávelmente as únicas sobreviventes em toda a Av. António Augusto de Aguiar, em direcção à P. de Espanha - vão continuar de luto !
Na opinião do presidente da freguesia, numa altura em que está a decorrer a revisão do Plano Director Municipal, o plano de pormenor da Praça de Espanha e Avenida José Malhoa, o projecto urbano campus de Campolide e a classificação de bem cultural como conjunto de interesse municipal do Bairro Azul, "será de todo inqualificável que qualquer obra possa pôr em causa a frente" deste bairro.
O presidente do Metro, Mineiro Aires, esclareceu que ainda não há uma decisão sobre este assunto e explicou que está previsto que passe um túnel sob a zona onde se localizam os plátanos.

No âmbito da comemoração dos 60 anos da atribuição do Prémio Nobel da Literatura à poetisa chilena Gabriela Mistral, decorreu a 29 de Novembro, pelas 11.00 horas, no n. 11 da Rua Ramalho Ortigão (Bairro Azul), uma cerimónia em que se descerrou placa evocativa do local onde habitou a escritora sul americana, cônsul do Chile em Lisboa, entre 1935 e 1939. A Comissão de Moradores esteve presente, e convidou representantes da Escola Marquesa de Alorna e do Teatro Aberto.
"La época vivida en Lisboa es, para Gabriela, feliz, tranquila y de gran producción. En suelo lusitano escribe la serie de poemas llamada «Saudade», que aparecerá incluida más tarde en su libro Tala. Dicta conferencias y colabora en las principales publicaciones portuguesas. Estalla la guerra civil española, acontecimiento que la golpea profundamente. Se desplaza a París para formar parte de las reuniones del comité de publicaciones de la Colección Clásicos Iberoamericanos."
"Neste Portugal encontrei paz, tendo um ano de felicidade, nada menos que felicidade", lê-se na placa evocativa descerrada ontem no prédio com o número 11 da Rua Ramalho Ortigão, no Bairro Azul, em Lisboa.
Se voltasse hoje a Lisboa e à sua casa no Bairro Azul, o que sentiria Gabriela Mistral ao ver a sua rua, a Ramalho Ortigão, transformada em auto-estrada?

Relancemos um olhar, mais atento, para a imagem da RO (pressionando para a aumentar): ausência de árvores, de comércio, peões espartilhados entre parede e automóveis em passeios reduzidos, varridos por uma "auto-estrada" de 4 faixas, para acelerar ....
Observe-se nestas duas fotos, a título de exemplo, uma rua, talvez com as dimensões da RO, num bairro de Amsterdão. Convite a fruir o passeio, viver a rua e o seu comércio, sem excluir o automóvel. Vive-se a cidade. E dá que pensar.

Pobres de nós, e em particular as crianças, que frequentemente ali têm que atravessar ... entre automóveis apressados e sem sequer um passeio ...
Filipe de Faria said...
É de facto uma situação que requer intervenção urgente. Ficar no meio de duas faixas com trânsito em alta velocidade no vértice de uma bifurcação e sem qualquer protecção é assustador. E é uma passagem que muitas crianças utilizam porque dá acesso ao Jardim Gulbenkian. Já alertei a Comissão de Moradores do BA que está atenta e pedi intervenção à JF de S. Sebastião que remeteu pedido para a CML. A meu ver são urgentes duas medidas: (1) regular os semáforos de forma a permitir a passagem de uma só vez e (2) instalar meios de protecção (sólidos) na plataforma central.
Filipe de Faria said...Caros Vizinhos,
Esta foto foi tirada esta manhã. Um automóvel que descia a Av. AAA terá embatido no semáforo que ficou tombado e projectou a parte superior. Provavelmente terá ele próprio galgado a plataforma central onde os infelizes peões têm de “estacionar” à espera de poder passar. Não sei se estava lá alguém na altura do acidente. Espero que não...
Acho que a foto é impressionante e merece ser utilizada.
Junto a uma das maiores superfícies comerciais da Europa são assim as ruas do nosso Bairro.

Quando ouvimos dirigentes politicos defender que o Aeroporto deve ficar na Portela por razões turisticas e económicas - que Lisboa perde competitividade face a outras capitais turisticas se tiver um aeroporto a 40 km da cidade, e a transportadora portuguesa perde isto e aquilo - pobres de nós, e de Lisboa, que não pode afirmar o seu charme e atractividade senão pela conforto que oferece aos turistas na viagem, vendendo-se tão barata, e expondo habitantes e visitantes a niveis de ruído e de stress elevados e quotidianos.
Para conhecer a dinâmica da candidatura de MJNP, ver o Blogue - talvez o melhor das candidaturas na rede. E ainda que MJNP possa ser uma boa Presidente, e a CML fique em boas mãos, alguém a quer entregar a cidade? Não devemos lisboetas, que a sentimos bairro a bairro, rua a rua, melhor que ninguém, olhar pela cidade? MJNP certamente de acordo.
O Professor Manuel Maria Carrilho reuniu no dia 28 de Julho na JFSSP com a Comissão de Moradores para ouvir acerca dos problemas dominantes do bairro. Questões como o estacionamento, o transito, a insegurança, a reabilitação do edificado, ou a integração do bairro nos planos de pormenor da Praça de Espanha e do Campus da Universidade Nova, foram abordadas. MMC congratulou-se com os avanços efectuados no sentido da classificação do bairro, mostrou-se sensível aos problemas enunciados, nomeadamente à falta de equipamento para os jovens e crianças."Lisboa necessita de uma hierarquia de problemas", foi uma das afirmações com que se despediu da CM.
Carmona Rodrigues visitou o Bairro Azul no passado dia 22 de Julho, a convite da Comissão de Moradores. Pode ler o resumo desta visita, na perspectiva da campanha do candidato aqui. A Comissão acompanhou-o por todas as ruas do Bairro, entrando em alguns edifícios notáveis e lojas tradicionais. Apostando na revitalização, o Professor Carmona Rodrigues foi ainda convidado a visitar um edificio onde foram realizadas diversas reconversões exemplares de escritórios em habitação.
Carmona Rodrigues defende a criação de prémio municipal que distinga anualmente o melhor bairro da cidade. Segundo o "Público", "não se trata de beneficiar um ou outro, mas dar o reconhecimento a quem luta melhor pelo seu bairro". Muito bem, Professor. Agora é necessário definir com clareza em que consiste o reconhecimento e quais as suas virtudes, em que consiste "lutar melhor" e qual a sua eficácia. E se aprovamos e estimulamos uma cultura da exigência, da iniciativa, e da responsabilização. É dessa "politica" que necessitamos, e sabermos que participação quer a câmara dos moradores e utilizadores dos bairros, quais os comportamentos que podem resultar em mudanças eficazes das condições de vida nos bairros. Certamente não o reconhecimento de esforços inconsequentes, ou de formas de bairrismo espectaculares.
"O que faz falta são mais jardins públicos com árvores, uma boa política de investimento na estrutura verde urbana. Não se pode continuar a tapar o sol com a peneira. Neste momento estão a fazer-se estacionamentos a que chamam jardins porque se põe relva por cima. Faz-se muita publicidade quando se planta uma árvore, mas depois arrancam-se 30. As árvores na rua fazem muita falta porque a sua inexistência provoca problemas climáticos como um aumento da temperatura da cidade."
A ACA-M (Associação de Cidadãos Automobilizados) propõe, entre outros - ver mapa e Site (ACA-M) - um trajecto da Baixa até São Sebastião da Pedreira, pela Rua das Portas de Santo Antão, Rua de São José e Rua de São Sebastião da Pedreira.
Via: Localidade, Rua Ramalho Ortigão, no cruzamento com a Henrique Alves, Lisboa